
Presidente da LAVM fala sobre o caso do árbitro que correu com uma faca atrás de jogadores (VÍDEO)
No último domingo, 29, um campeonato de Beach Soccer de Balneário Gaivota ficou marcado por cenas lamentáveis. Após uma confusão dentro de campo envolvendo a marcação de um pênalti, o juiz foi xingado e agredido fisicamente. Ele fugiu para o vestiário e retornou com uma faca, avançando sobre os agressores.
Em entrevista à Rádio Araranguá, no programa As Esportivas, o presidente da Liga Atlética Vale do Mampituba (LAVM), Juliano Coelho, falou sobre a arbitragem e o ocorrido. “Conversamos e vamos ver o que vamos fazer em relação ao ocorrido. Vemos a intolerância ando dos limites. O que acontece dentro do esporte é reflexo do que vivemos no dia a dia. As pessoas são calmas e quando entram dentro de campo se transformam”.
Juliano lamentou os casos de violência e, principalmente, por se repetirem em vários campos de futebol amador. Em um dos casos o jogador acabou “apanhado de graça”. “Antes do jogo do ocorrido, aconteceu um fato engraçado na tarde de domingo em Balneário Gaivota. Duas equipes estavam se enfrentando onde uma, estava muito superior a outra. Dentro de campo um jogo normal, as equipes se respeitando muito. Fora de campo, a torcida do time que estava perdendo estava enfurecida com o goleiro da equipe que estava vencendo o jogo. Jogando cerveja no rapaz. O goleiro se virou para a torcida e disse: pessoal vamos ser educados, deixa eu jogar bola. A torcida começou a dizer que pegaria o rapaz na saída. Acabou o jogo, os jogadores adversários se cumprimentaram e foram saindo de campo, nisso, um torcedor do time que perdeu, já alcoolizado, confundiu o goleiro do time perdedor, que estava com o uniforme parecido, com o do outro time. Resultado: deu um soco no goleiro da equipe que ele estava torcendo. O goleiro acabou ficando com o olho roxo e quebrou um osso da face. Isso é um absurdo”, ressaltou Juliano.
Sobre o caso do árbitro que correu armado atrás de alguns jogadores, Juliano acrescentou. “O juiz foi infeliz no ato, mas se colocando no lugar dele, ele foi derrubado por vários jogadores e agredido. Então qual seria a minha reação diante disso se estivesse no lugar dele? A gente não sabe. É muito fácil a gente julgar de fora e não se colocar no lugar do próximo”.
O presidente ressalta que muitas atitudes que acontecem hoje no futebol amador, vem dos jogos profissionais. Onde atletas renomados reclamam muito do juiz, inflamam a torcida e fazem com que todos acreditem que o árbitro é contra o seu time.
“Quem conhece o árbitro de Balneário Gaivota, sabe que ele é uma pessoa extremamente gentil. Ele proíbe a agressão dentro de campo. O Maguila sempre disse isso. Graças a Deus não aconteceu algo pior. Umas das situações que aconteceu com um dos atletas que agrediu o arbitro, foi que quando ele saiu de campo as pessoas da praia iria linchar ele, deram uns tapas e ele saiu correndo. O atleta não só colocou a vida do árbitro em risco, como a dele também”.
Justificativa do árbitro de estar com uma faca
“Conversando com o árbitro do porquê ele levou uma faca para o jogo e pensando depois, me lembrei que o Magila sempre levou frutas para o jogo e por isso precisava da faca, para descascar as frutas. Já trabalhei muitas vezes com ele e sempre observei isso”.
De domingo adiante
O presidente ressalta que daqui para frente as pessoas precisam ter mais calma. “Pedimos a todos que mantenham a cabeça no lugar. Esperamos que as pessoas tenham essa consciência de que é só um jogo, um divertimento para todos. Desde que voltou a pandemia parece que as pessoas pioraram”.