
Polícia Civil promete força-tarefa em Balneário Arroio do Silva
As recentes notícias de corpos encontrados em Balneário Arroio do Silva, têm preocupado a população. Especialmente pelo efetivo da Polícia Civil na cidade, que não tem um delegado e viu diminuir o número de profissionais. O prefeito Evandro Scaini, inclusive, tem feito constantes pedidos de aumento de efetivo na cidade. Em resposta, o delegado-geral de Polícia de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, afirmou que dois agentes estão sendo transferidos para a cidade e que uma força-tarefa será realizada. As informações foram readas em entrevista ao programa Dia a Dia, com Saulo Machado, na Rádio Araranguá.
“A Polícia Civil de Arroio do Silva lamentavelmente ficou com apenas um policial, nós já deslocamos um responsável pela delegacia, um policial da região de Lages e nós vamos deslocar um outro policial agora. E a nossa diretoria de inteligência e a diretoria de polícia do litoral, que atende a região de Balneário Arroio do Silva fará uma força tarefa para atendimento a região de Balneário Arroio do Silva, o que já vem acontecendo em outras regiões, como em São Francisco do Sul”, afirmou Gabriel. Ele ainda comentou sobre um estudo que aponta que as cidades de São Francisco do Sul, Arroio do Silva, Praia Grande e Balneário Camboriú, são as cidades no Estado com menor índice de resolução de crimes. “A ideia é que os dois agentes fiquem integralmente na investigação. O delegado Luís Otávio tem apoiado a empreitada e deixando os policiais em Balneário Arroio do Silva”, disse.
O delegado-geral ainda reforçou que a região do Extremo Sul catarinense tem uma importância estratégica diferente, por estar próximo ao Rio Grande do Sul. Ele anunciou que uma operação de inteligência inédita foi realizada, buscando informações sobre a atuação das facções. “Pela primeira vez, fomos ao Rio Grande do Sul, buscar essas informações. Entender como elas atuam, como lavam dinheiro e isso nos traz informações importantes”, comentou.
Para ele, a presença de polícia na rua e a prisão com qualidade farão a diferença. “Além da polícia presente na rua, nós temos um estudo que quanto mais os criminosos são presos e estão sendo presos, eles não cometem crimes enquanto estão na cadeia. Nós conseguimos aumentar no ano ado em 65%. Então a gente consegue deixar esse individuo preso, com prisões qualificadas e aí eles não saem na audiência de custódia”, falou.
“Onde cabem 4 que botem 8”, afirma sobre o presídio
Um outro problema na segurança pública enfrentado é o presídio regional de Araranguá, que está superlotado. Um projeto de reforma e ampliação já existe no Governo do Estado há anos, mas ainda não se tornou uma realidade. “O governador tem um projeto para aumentar 4 mil vagas no sistema prisional, especialmente onde há obrigatoriedade de o preso trabalhar. A Secretaria de istração Prisional está com essa responsabilidade, o mais rápido possível. Só a Polícia Civil prendeu no ano ado 6 mil pessoas”, disse.
Sobre onde manter as pessoas presas, o delegado disse que esta não é uma preocupação. “Vai ter que socar o presidio. A gente tem dito para os juízes, onde cabem 4 que botem 8. A gente vai continuar prendendo”, arrematou.