“Eu sou a favor”, afirma secretária de Assistência Social de SC, sobre internação compulsória de moradores de rua

A situação dos moradores de rua tem sido uma pauta constante em Santa Catarina. O tema chegou a Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família, que deve lançar na próxima semana uma nota técnica e uma cartilha de atendimento para como este serviço deve funcionar no Estado. Em entrevista ao programa Estúdio 95, apresentado da Acaert, em Florianópolis, a secretária Adeliana Dal Pont disse que o estado está preocupado com a situação e que busca padronizar o atendimento.

“Nós devemos encaminhar na próxima semana para os prefeitos e para a Alesc uma nota técnica e uma cartilha, explicando como este serviço deve ser feito. Mas além disso, o governador Jorginho Mello, preocupado com essa situação, chamou os prefeitos das maiores cidades para que tenhamos um único jeito de trabalhar”, afirmou a secretária. Ela ainda explicou que foi definido a realização de um cadastro das pessoas em situação de rua.

De acordo com a secretária, o projeto será encaminhado ao Ministério Público, para que seja discutida a questão da internação involuntária. “Sabe-se numa abordagem, a importância de aquela pessoa resolver por si, para se fazer a internação. E a gente não pode fazer a internação compulsória”, disse. Para a secretária, a sociedade cria muita proteção à pessoa em situação de rua. “Vou dar uma opinião pessoal. Existe muitas defesas para que a gente deixe essa pessoa na rua. Existe muitas entidades brigando por direitos humanos para que seja respeitado a vontade deles estar na rua. Mas eu acho que estar na rua não é uma vontade”, reclamou a secretária. Para Adeliana, a internação compulsória é uma necessidade. “Eu sou a favor. Por que nós temos na rua, muitas pessoas que não tem condições de decidir pela internação”, completou.