Diagnóstico e esperança: uma história de superação contra o câncer de mama
Diariamente, milhares de pessoas ao redor do mundo recebem o diagnóstico de câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, essa doença ocupa a primeira posição em mortalidade entre mulheres. Exames de rotina são fundamentais para a detecção precoce da doença, como aconteceu com Maria Felisbino Ramos, que, apesar de não apresentar sintomas, mantinha seus exames sempre em dia. “Até o ano de 2019, eu realizava exames periodicamente; chegava outubro, eu fazia um check-up, era um costume meu. Estava tudo ok. Então veio a pandemia, e, sabe aquela história, 2020 ou e não fui ao médico,” relata.
Em 2021, sem nenhum sintoma, mas consciente da importância dos exames de rotina, Maria procurou a Unidade Básica de Saúde e encaminhou a mamografia. “Levei a mamografia para a ginecologista, e ela observou um nódulo no seio direito, então me encaminhou para um mastologista. No consultório, ele já fez a biópsia, e dez dias depois veio o resultado. Até aquele momento, eu achava que era só mais uma consulta, mais um exame para fazer, mas veio o diagnóstico, e foi uma corrida contra o tempo,” relembra.
Após o diagnóstico, começava a luta contra a doença. O tratamento foi realizado pelo SUS, na Unacon do Hospital São José, em Criciúma. A unidade oferece assistência multidisciplinar e sistematizada para pacientes com câncer. “Jamais imaginei que precisaria desse tratamento. Fiz a mastectomia e a reconstrução da mama na mesma cirurgia. Depois, precisei de quimioterapia e radioterapia, que são mais dolorosas, pois vêm com a questão da queda de cabelo, o que é difícil para nós. Mas eu recebi o diagnóstico e queria fazer tudo o mais rápido possível para me ver curada,” conta Maria.
Estima-se que até 2025 sejam registrados 73.610 novos casos de câncer de mama, com uma taxa de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres, e que a doença cause 18 mil mortes.
Para quem a pela doença, o apoio da família é fundamental. Maria relata que o e do esposo e dos filhos foi crucial para enfrentar o tratamento. “Nunca questionei Deus sobre o porquê; aceitei e fui atrás. Para mim, abaixo de Deus, a família é tudo. Meus filhos e noras foram muito presentes, e meu esposo me acompanhou em todas as idas à Unacon.”
Hoje, curada, Maria faz a manutenção do tratamento, com medicação e exames. Histórias como essa reforçam a necessidade de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Outubro Rosa, o mês de combate ao câncer de mama, é um lembrete para que as mulheres se cuidem e façam seus exames regularmente. A luta contra o câncer é uma batalha que pode ser vencida, especialmente com o apoio da família, da comunidade e de iniciativas de saúde pública.
