
Casos de doenças respiratórias aumentam e UPA de Araranguá registra quase 10 mil atendimentos em abril
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araranguá registrou um expressivo aumento no número de atendimentos em abril, impulsionado especialmente por casos de doenças respiratórias. De acordo com a diretora geral da unidade, que concedeu entrevista ao programa O Dia em Notícia, da Rádio Araranguá, o total de atendimentos chegou a 9.296 no mês, número considerado alto pela gestão.

“O número geral de atendimentos que tivemos no mês de abril foi de 9.296 casos. Não temos especificamente o que cada um foi atendido, mas esse é o número geral de atendimentos. São muitos casos, tivemos um aumento muito grande. O ano ado, tivemos um número próximo desse, de atendimentos gerais”, destacou a diretora.
Entre os mais afetados estão as crianças, com 2.500 atendimentos registrados apenas em abril. A maioria dos casos envolve infecções respiratórias, o que demonstra a forte circulação de vírus nesta época do ano.
“As crianças são as mais afetadas. Em abril, foram 2.500 crianças atendidas na unidade. A maioria é doenças respiratórias. Além disso, percebemos muitos adultos com febre forte também. Cada ano que a, o vírus vem mais forte. Percebemos esse aumento. No ano ado, no mês de maio era aproximadamente 9 mil atendimentos. Nesse ano já estamos chegando nos 10 mil. Ou seja, tivemos um aumento significativo”, explicou.
A UPA atua como porta de entrada para diversos casos graves, como pneumonias e infartos, e realiza os primeiros atendimentos antes de encaminhar os pacientes para o hospital. Com o aumento da demanda, a média de espera subiu para quatro a cinco horas.
“Temos o primeiro contato com o paciente. Detectamos casos de pneumonia, infarto, fora outras doenças. Realizamos esse primeiro contato e depois encaminhamos para o hospital. Devido esse aumento significativo na demanda, estamos com um tempo médio de espera de quatro a cinco horas de espera”, afirmou.
Para tentar amenizar os impactos da alta procura, a direção da unidade conseguiu reforçar a equipe médica, que agora conta com cinco médicos em dias de maior movimento, segundas e quintas-feiras, principalmente no turno da tarde, quando o fluxo é ainda maior.
“Diante disso, conseguimos mais um médico, o que resulta em cinco médicos para desafogar essa demanda. Os piores dias da semana em termo de fluxo de pessoas é segunda e quinta. Nesses dois dias, teremos cinco médicos para atender a demanda, que cresce muito, principalmente no período da tarde”, relatou.
A estrutura da unidade também foi reforçada com Wi-Fi na recepção, distribuição de máscaras e orientações sobre higiene, em especial a lavagem das mãos. Outro dado que chama atenção é o aumento da prescrição do medicamento Tamiflu, usado no tratamento de Influenza (como o H1N1). Somente em abril, 110 unidades foram dispensadas, um número considerado muito acima da média.
“Temos muitos casos de H1N1, o que resulta na distribuição em massa do medicamento Tamiflu. Na base de 110 de dispensação no mês de abril. Um número altíssimo, visto que em outras épocas, esse medicamento nem saí”, pontuou a diretora.
A equipe da UPA está organizada em três turnos e conta atualmente com seis profissionais de enfermagem, três enfermeiras e cinco médicos. “Temos uma equipe das 7h às 13h e outra até às 19h. Além de outra que cobre o turno da noite, de 12h. São seis profissionais de enfermagem, três enfermeiras e cinco médicos. Ou seja, uma equipe muito redondinha e pronta para atender a população”, explicou.
Como forma de prevenção, a diretora reforçou a importância da vacinação e recomendou que a população aproveite o mutirão de vacinação que será realizado neste sábado, dia 9, em todas as unidades básicas de saúde do município. “Orientamos as pessoas a aproveitarem o mutirão de vacinação que acontece neste sábado, dia 9, em todas as unidades básicas de saúde”, concluiu.